EXPEDIENTE Nº 0007
Projeto de Lei Nº 021

OBJETO: "Altera dispositivo na Lei nº 5.180, de 26 de dezembro de 2018, que “Fixa prazos para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o exercício de 2019, concede desconto de IPTU às empresas do Município”."

PARECER JURÍDICO

PARECER JURÍDICO N° 023/2019

MATÉRIA: Projeto de Lei nº 021/2019

REQUERENTE: Comissão de Constituição e Justiça

EMENTA: Altera dispositivo na Lei nº 5.180, de 26 de dezembro de 2018, que “fixa prazos para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o exercício de 2019, concede desconto de IPTU às empresa do Município”.

I – RELATÓRIO

Foi encaminhado a Procuradoria Jurídica desta Casa de Leis para emissão de parecer, do Projeto de Lei nº 021/2019, de autoria do Executivo, que visa “prorrogar o prazo para pagamento da cota única do IPTU, tendo em vista a realidade econômica atual do país. O prazo está sendo dilatado para que seja possível a utilização dos recursos que serão recebidos pelos contribuintes no pagamento do adiantamento salarial pelas empresas na próxima semana”.

É o sucinto relatório.

Passo à análise jurídica.

II – ANÁLISE JURÍDICA

Do Regime de Urgência

Antes de analisar a questão da juridicidade deste Projeto de Lei, passaremos a analisar a solicitação de autoria do Prefeito Municipal, para que a proposição tramite neste parlamento sob o Regime de Urgência.

Assim se refere sobre o assunto o Regimento Interno em seu artigo 162, §1º e §2º:

“Art. 162 – Urgência é a abreviação do processo legislativo.

  • 1º O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa, considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias.
  • 2º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no parágrafo primeiro deste artigo, o projeto será obrigatoriamente incluído na Ordem do Dia, para que se ultime a votação, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos”

Diante do exposto, a Procuradoria Jurídica OPINA pela concordância com a tramitação em regime de urgência, tendo em vista que atende os preceitos legais.

Da Competência e iniciativa

Em primeiro momento analisamos a competência do referido Projeto de Lei.

A Constituição Federal discorre sobre o assunto na alínea b, do inciso II, do §1º, do art. 61, que assim aduz:

“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

  • 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: [..]

II - disponham sobre: [...]

  1. b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;”

Neste mesmo sentido a Lei Orgânica do Município de Igrejinha tratou no inciso IV, do Art. 46, como segue:

Art. 46. São de iniciativa privativa do Prefeito, os projetos de lei que disponham sobre: [...]

 IV - matéria tributária”

O projeto de lei em questão, em suma, altera O prazo limite para pagamento com desconto em cota única, do dia 13 de março de 2019, para o dia 22 de março de 2019, conforme podemos observar na comparação entre o texto original da Lei  5.180, de 26 de dezembro de 2018, e, a nova redação, que seguem:

ORIGINAL:

“Art. 1º O prazo para pagamento da parcela única do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, para o exercício de 2019, será no dia 13 de março de 2019, com 15% (quinze por cento) de desconto no pagamento à vista.”

NOVA REDAÇÃO:

“Art. 1º O prazo para pagamento da parcela única do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU, para o exercício de 2019, será no dia 22 de março de 2019, com 15% (quinze por cento) de desconto no pagamento à vista.”



Pela legislação vigente, fica claro que o Executivo tem a legalidade de propor o presente Projeto de Lei. Por fim, entendemos que o projeto em exame está em consonância com a legislação pertinente à matéria.



III – CONCLUSÃO

Diante de todo o exposto, do ponto de vista de constitucionalidade e juridicidade, a Procuradoria Jurídica OPINA pela viabilidade do Projeto de Lei em questão.

No que diz respeito ao mérito, a Procuradoria Jurídica não irá se pronunciar, pois caberá aos vereadores, no uso da função legislativa, verificar a viabilidade da aprovação, respeitando-se para tanto, as formalidades legais e regimentais.

Este é o parecer, salvo melhor juízo.

Igrejinha, 12 de março de 2019.




Alberto Vinícius Petry

Assessor Jurídico

OAB/RS 95.457



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